quinta-feira, maio 24, 2007

Investimento Pessoal (e profissional)


Pós-graduação, mestrado, doutorado, MBA e outras modalidades de curso de extensão. Essas são, sem dúvida, ferramentas valiosas para se manter no páreo, em um mercado que se revela a cada dia mais competitivo. Além, é claro, de servir como aprendizado tanto para executivos com vínculos em empresas quanto para profissionais e empreendedores autônomos.


Segundo o professor Alceu Queirós, coordenador dos MBAs da Fundação Dom Cabral (única instituição brasileira citada no ranking das 60 melhores escolas de Educação Executiva do mundo, do Financial Times), o indivíduo deve investir continuamente nos estudos. "O que se sabe hoje pode não ter utilidade nenhuma amanhã, por isso reciclar conhecimento é tão primordial no mundo competitivo", afirma. "O mercado valoriza o executivo com MBA, mas também valoriza o indivíduo que possui experiência. Assim, em nossos cursos sempre tentamos conciliar a experiência profissional com a formação do indivíduo", argumenta Queirós.


Outra questão ressaltada pelo professor é que hoje, infelizmente, os programas de pós-graduação e MBA estão um pouco banalizados, devido ao boom de novos cursos disponíveis no mercado. Por isso, o interessado deve pesquisar muito antes de optar por uma especialização, principalmente porque o investimento é alto. Nesse sentido, valem algumas recomendações antes de fazer a matrícula:  Avalie se o curso, de fato, vai representar uma melhora nos seus conhecimentos; Avalie o conteúdo programático do curso;  Converse com os coordenadores do curso ou com quem já o fez;  Avalie o corpo docente. É importante ter um mix entre experiência no mercado e na vida acadêmica.


Mas esse esforço pode trazer bons resultados. Queirós conta que muitos dos ex-alunos da FDC tiveram um aumento de salário, uma nova recolocação, maior poder dentro das organizações ou abriram negócios de sucesso. "Portanto, o investimento em um curso é, normalmente, revertido ao investidor - no caso, o próprio profissional", destaca.


Felipe Madeira, gerente comercial da multinacional Gibbs Fundição de Alumínio, ilustra um pouco o pensamento do professor. Madeira fez um MBA entre 2004 e 2005 e, na opinião dele, o resultado é colhido até hoje na instituição em que trabalha. "Fiz o MBA porque queria dar um upgrade na minha carreira, aprender mais sobre meu próprio ramo de atuação, me reciclar. O curso acabou superando minhas expectativas, não só pelo alto nível dos docentes, mas pelo conteúdo enriquecedor. O principal, ao meu ver, foi o network que fiz e que perdura até hoje. O investimento foi alto, mas o retorno também. Antes de ingressar no curso eu era gerente comercial, depois do MBA eu absorvi as áreas de marketing e de assistência técnica".


E não foi só isso. O executivo lembra que, ao final do curso, teve de preparar um projeto aplicado ao seu universo na empresa. "O resultado foi tão bom, que ainda hoje utilizo esse projeto como base para as tomadas de decisão. Cheguei até a apresentá-lo na sede em Nova York e todos gostaram também. Portanto, continuo colhendo frutos desse investimento e, para o ano que vem, pretendo fazer outro", finaliza.


(Por Carla Louise - www.revistamelhor.uol.com.br)


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