sexta-feira, junho 06, 2008

Rejane Pansiera - secretária da presidência do Grupo Elektro


O que é mais importante para ser uma secretária bem-sucedida? Vestir-se bem, ter boa aparência, ser extrovertida? Na opinião de Rejane Pansiera, secretária da presidência da Elektro Eletricidade e Serviços, quarta maior distribuidora de energia do Estado de São Paulo, estas carcterísticas são importantes sim, mas o fundamental é ter um bom relacionamento com todos os colaboradores da empresa. Em segundo lugar, vem a atitude e desempenho do chefe. "Se você se considera uma excelente secretária, boa parte do seu desempenho pode ser pelo fato de você trabalhar com um excelente executivo. Uma coisa leva a outra", acredita a profissional.


Rejane fala com conhecimento de causa. Seu chefe é o presidente da empresa, Orlando González, e sem dúvida é o grande incentivador do seu desenvolvimento e crescimento profissional. Ela já trabalha com o executivo há nove anos, pois atuou com ele quando ambos ainda trabalhavam em outra empresa, a International Paper. Hoje, Rejane é responsável por toda a agenda pessoal do presidente, pagamentos, agendamento de reuniões e eventos e assessoria aos executivos estrangeiros que vêm para reuniões ou mesmo visitar a empresa. "Uma das muitas responsabilidades da secretária é filtrar as informações, para aliviar o trabalho do chefe e evitar que não cheguem até ele coisas que não interessam, não são estratégicas ou mesmo devem ser repassadas para outro departamento. Neste aspecto, considero essencial conhecer a empresa como um todo e saber delegar as responsabilidades para as pessoas certas. A secretária de hoje é muito estratégica, eu decido muitas coisas que nem chegam a passar por ele. No meu caso, é uma parceria de muito sucesso", assegura ela.


As mudanças no perfil da secretária foram muitas, e Rejane soube como se adeqüar e se atualizar frente ao novo papel que o mercado exige, que em muitos casos faz com que ela atue mais como uma gerente de informações do que como secretária propriamente dita. "Quando comecei na profissão a secretária era um enfeite, estava ali apenas para receber ordens e executar atividades meramente operacionais, como atender ao telefone, passar fax, tirar xerox e ir ao banco. Hoje vejo que a profissão mudou porque o mercado também mudou. Os próprios executivos não trabalhavam tanto como hoje, e à medida que aumentaram as responsabilidades deles, a atuação das secretárias também cresceu, não só em quantidade como em qualidade", diz ela.


Já que a secretária cuida de decisões mais estratégicas, quem fica responsável pelo trabalho operacional - que precisa ser feito, de qualquer maneira? No caso de Rejane, há uma assistente - que entrou na empresa muito jovem e foi treinada pela secretária executiva - que dá conta destas tarefas. Além da assistente, Rejane ainda supervisiona os horários do motorista do presidente.


Perguntada sobre o perfil que a pessoa precisa ter para ser uma boa secretária, Rejane dispara a seguinte pergunta: "Você nasceu para ser secretária?" Segundo ela, é preciso um pouco de vocação, muito profissionalismo e ética e algumas competências técnicas e comportamentais para ser uma profissional de sucesso. Confira os pré-requisitos fundamentais, na opinião da profissional:



*Goste do que você faz - isso é premissa básica em qualquer profissão e também no secretariado;

* Conheça o negócio da empresa e os segmentos em que ela atua;
*Saiba se adeqüar ao mercado. Os principais executivos das empresas quase nunca têm tempo disponível para as férias. Portanto, quando todos estiverem descansando, pode ser que você tenha que estar ao lado dele trabalhando;
*Tenha muito jogo de cintura e flexibilidade, para fazer várias coisas ao mesmo tempo, saber delegar responsabilidades ou mesmo tomar decisões sem a presença do chefe;
*Esteja sempre aberta a aprender novas tecnologias e formas de organizar as informações. Hoje em dia é quase tudo feito pelo computador, é preciso aceitar esta realidade;
*Ser boa profissional é diferente de ser uma profissional boa. Ainda tem profissionais que usam a beleza para ganhar espaço, mas a tendência é olhar cada vez para o profissionalismo. A beleza vem apenas como um acréscimo.


Rejane tem muitos planos para o futuro. Um deles é continuar como secretária da presidência na Elektro. Para quem pensa que se aposentar como secretária é pensar pequeno demais, Rejane responde: "Muitas pessoas olham de maneira errada para o cargo de secretária. Eu acredito que o importante é você saber crescer na profissão e ser reconhecida pelo seu trabalho. O que muda é a função, a responsabilidade, e não a profissão em si", esclarece ela, feliz e realizada.


(por Camila Micheletti, do site www.empregos.com.br)

SECRETARIADO EXECUTIVO - PROFISSÃO CRESCE E EXIGE QAULIFICAÇÃO


Profissional necessita agir de forma estratégica para antecipar problemas e soluções e assim facilitar a vida de quem está sendo assessorado


Conhecer a empresa, ter competência em comunicação oral e escrita e alta capacidade de organização são algumas das características de um secretário. Mas não é só. Com a crescente importância da atividade, é preciso buscar um curso de formação para seguir na carreira, seja técnico ou superior.


“Os cursos são muito importantes, pois levam os profissionais a atender ações e habilidades exigidas pelo mercado”, afirma o consultor organizacional Abraham Shapiro.Ele afirma que o curso técnico insere o profissional no mundo prático da profissão e o curso superior, com maior aprofundamento, explora a comunicação bilíngüe. “A função de secretário é estratégica e necessita de experiência e formação”, diz.


De acordo com a Federação Nacional das Secretárias e Secretários (Fenassec), o país tem cerca de 2 milhões de profissionais (50 mil no Paraná). Em 2001, o jornal inglês The Guardian considerou os secretários brasileiros como os mais bem preparados do mundo. “Os cursos situam muito bem o profissional, disciplinando-o de modo ético e técnico, com padrões superiores de qualidade”, observa Shapiro.


A coordenadora do curso técnico em secretariado do Colégio Estadual Vicente Rijo, Cassilda França Montesso, explica que o curso foi criado em 2004 devido à necessidade do mercado de trabalho e já formou cerca de 500 pessoas. “A gente ouve falar que sempre tem emprego, mas falta qualificação e o mercado exige formação”, diz.


Segundo ela, o curso é uma oportunidade para pessoas que não têm condições de pagar uma escola particular.A coordenadora do curso de secretariado executivo da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Neusa Maria Orthmeyer Massarutti, explica que o ensino superior prepara o profissional para ser uma pessoa que facilita o trabalho do chefe. “Ele não é preparado para ter um comportamento gerencial, mas para antecipar situações em que o gerente precisa atuar. Quem toma a decisão é o gerente, mas o profissional de secretariado adianta informações que o chefe precisa saber”, afirma.


Segundo Neusa Maria, os secretários atuam para facilitar a vida de quem está sendo assessorado. “Antigamente, o profissional anotava o que o gerente queria redigir. Hoje o secretário é quem redige e o chefe apenas confirma ou faz alterações. Se o gerente souber aproveitar, o secretário pode facilitar a vida dele.”


Ser confiável é característica essencial

Entre as características mais importantes de um secretário é ser uma pessoa confiável. “Por eles passam grandes segredos de uma empresa”, afirma o consultor Abraham Shapiro.

Por isso, também precisa ser discreto. O perfil deve contemplar ainda organização, ética, profissionalismo, visão prática, comunicabilidade, domínio do português e de outros idiomas.

“Ser secretário não é somente atender ao telefone. É preciso facilitar, antecipar e resolver a vida do chefe”, diz a secretária Mariângela Santilli.


O profissional deve administrar a agenda do chefe para que ele tenha tempo de folga, não pode incomodá-lo por pequenos problemas e, se necessário, tomar decisões por ele. “Ao olhar para ele, a gente sabe o que precisa. Em algumas situações, precisamos saber mais da vida do chefe do que ele mesmo”, afirma.


A secretária Maria Aparecida Fabre confirma que em algumas situações é preciso tomar pequenas decisões no lugar do gerente. “Não há necessidade de interromper o chefe em todos os momentos”, diz. Para isso, o profissional deve conhecer a rotina e o perfil do gerente e da empresa.


Secretárias apontam importância da formação

Maria Aparecida Fabre, de 38 anos, e Gláucia Fávero Valério, de 23 anos, são secretárias de uma grande empresa em Londrina e se formaram em secretariado executivo pela UEL. “O curso dá o norte para identificar a empresa”, diz Maria Aparecida.Para Gláucia, a formação universitária proporciona a base teórica para recepcionar clientes e acompanhar o chefe, inclusive em viagens a trabalho. Ela fala inglês e espanhol, o que considera muito importante. “A empresa fez grandes negociações na Alemanha e nos Estados Unidos e eu fui junto para traduzir”, conta.

A secretária Mariângela Santilli é formada em relações públicas. Entretanto, ela acredita que a formação insere o profissional no mercado com alguns pré-requisitos exigidos. Mariângela explica que muitas vagas de estágio não são preenchidas porque os candidatos não apresentam formações básicas exigidas, como um curso de línguas. “A concorrência é grande. Curso de línguas, credibilidade e bom trabalho são importantes”, diz.


(Jornal de Londrina, 03/03/2008 - Fábio Luporini especial para o JL).

AS DIFICULDADES NA PROFISSÃO DE SECRETÁRIA


Uma pesquisa realizada com 500 profissionais da área de Secretariado Executivo de todo o Brasil pela SEC - Secretary Search & Training (consultoria especializada)apontou que, apesar de reconhecida ascensão profissional no mercado de trabalho, as secretárias ainda sofrem muitas dificuldades.


Entre as entrevistadas, 37% dizem que o clima organizacional das empresas em que trabalham está cada vez mais desfavorável e pouco estimulante; já 20% dizem que as empresas contratantes não oferecem treinamento e benefícios.


Em terceiro lugar, com 16% de reclamações, vêm o salário que, segundo elas, não condiz com a responsabilidade da função. Cerca de 12% reclamam do autoritarismo do chefe e 9% da falta de corporativismo entre as colegas da mesma área.


Por último, a pesquisa indicou que 6% das secretárias entrevistadas acham que a pouca abertura e a flexibilidade para inovar na empresa é um dos grandes obstáculos para o seu desenvolvimento profissional.


I ENCONTRO REGIONAL DE SECRETARIADO - UFPE


O Diretório Acadêmico da UFPE está organizando o I Encontro Regional de Secretariado, que acontecerá no dia 8 de novembro de 2008.


Para a inscrição de trabalhos e mais informações sobre o evento, acesse: http://www.ufpe.br/ccsa/opiniao.php?id=1



Abraço a todos!!