quinta-feira, abril 10, 2008

A Importância de Dominar o Idioma Português Para o Mercado de Trabalho


Uma comunicação mal feita, seja ela escrita ou falada, pode, muitas vezes, colocar a pessoa ou a situação em risco. Se o emissor da mensagem não souber utilizar as palavras certas e nem formar frases concisas, com começo, meio e fim, o receptor pode não entender ou compreender de maneira incorreta a informação, o que, dependendo da situação, pode causar transtornos enormes.
No mundo coorporativo, a comunicação é a alma do negócio. Os executivos se comunicam por telefone, pessoalmente, por carta e hoje em dia, principalmente por e-mail. Todos estes meios de comunicação necessitam de um bom conhecimento do idioma português para que haja um entendimento pleno da mensagem.
Para algumas profissões, o domínio da língua é ainda mais exigido. Um vendedor, por exemplo, precisa falar muito bem para vender seu produto, e caso não tenha um bom vocabulário ou não consiga formar frases coesas, pode fazer com que o cliente não se interesse pelo seu produto ou serviço. E ai, adeus venda!
Laila Vanetti, diretora e fundadora da Scritta, empresa que oferece cursos e consultoria em linguagem escrita, faz um alerta: "Falar e escrever bem é uma condição de empregabilidade".
Ela lembra que, infelizmente, os departamentos de Recursos Humanos de algumas empresas não se preocupam se o candidato tem um bom conhecimento do seu próprio idioma. "Se, durante um processo seletivo, o profissional escrever a palavra 'através' com z, por exemplo. O RH de algumas empresas não vê isso como um problema, mas sim como um detalhe sem muita importância, afinal, nada que o corretor do computador não resolva...".Segundo Laila, as empresas procuram profissionais que saibam organizar idéias, que tenham argumentos lógicos e que sejam bem articulados.
Mas para o gerente de Recursos Humanos do Hospital e Maternidade São Luiz, Nelson Alvez, não é bem assim. Ele conta que muitos profissionais estão preocupados apenas com o conhecimento técnico de sua área profissional, e se esquecem do domínio da língua. "A comunicação é algo fundamental, e a responsabilidade da clareza é de quem emite o comunicado", explica. Muitas empresas, ao anunciarem uma vaga de emprego, informam os conhecimentos técnicos necessários para o cargo e o item que parece ser um dos mais importantes: a fluência num segundo idioma - o inglês, na maioria das vezes. Mas será que, para estas vagas, não é necessário ter o domínio do próprio idioma, no nosso caso, o português? "As empresas pedem domínio numa segunda língua e se esquecem da importância da nossa primeira", brinca Nelson.

OS BENEFÍCIOS DO BOM PORTUGUÊS NA CARREIRA PROFISSIONAL
Alguns cargos e segmentos profissionais exigem mais habilidade em comunicação do que outros. Alguns profissionais precisam falar mais, outros escrever, mas ambos exigem um bom conhecimento do português.

Na comunicação verbal, podem ocorrer erros como, por exemplo:
"Para mim fazer"
"Seje"
"Fazem três dias"
"Juntamente com"

E estes "equívocos" podem prejudicar, e muito, o profissional emissor da mensagem, caso o seu receptor tenha um maior domínio do idioma.
Para Nelson, a conversa com um profissional que fala corretamente o seu idioma se desenvolve mais facilmente, pois o profissional está preparado para conversar. "O profissional que domina o seu idioma passa segurança, sabe o que está dizendo e fala com facilidade", complementa.
Falar corretamente é uma vantagem tanto para o profissional quanto para a empresa, já que ela é representada pelos colaboradores. "Um documento sem erros de português e de fácil entendimento, enviado de uma empresa a outra, transmite uma imagem séria da organização", alerta Laila.
Para Nelson, o português correto é uma vantagem ao profissional. "Além do conhecimento técnico da sua área, o profissional tem mais essa habilidade, que permite boas argumentações, bons textos e cartas corretas - fatores importantes para o mercado de trabalho", complementa.
Nelson diz acreditar que, embora algumas empresas valorizem mais o fato do profissional falar e escrever corretamente, dificilmente uma empresa deixará de contratar um profissional qualificado para determinado cargo por causa do português não muito correto.
"É um diferencial na hora do recrutamento, mas ainda não é o que decide", alerta ele e lamenta: "Infelizmente, este é um problema de cultura brasileira. O brasileiro precisa se preocupar um pouco com isso", contesta.

O E-MAIL E O PORTUGUÊS
A contratação, a demissão e a carreira do executivo brasileiro - edição 2002, realizada pelo Grupo Catho com 9.174 executivos brasileiros, mostra que apenas 0,19% dos respondes declararam não utilizar a Internet. O uso da Internet é feito tanto do trabalho (18,28%) como de casa (8,77%); 42,95% acessam de ambos os lugares.
O uso do e-mail está diretamente associado à Internet, e este se tornou um dos meios de comunicação mais utilizados dentro das empresas. Pelo correio eletrônico, são trocadas informações que variam desde piadas atá informações de grande importância. O problema é que alguns usuários de e-mails, chats e icqs nem sempre escrevem corretamente. Há o costume de abreviações e substituições como, por exemplo, "tc" em vez de "teclar", ou "kd" em vez de "cadê".
"Nem todo mundo sabe o significado destas abreviações, o que pode prejudicar o entendimento das mensagens", afirma Nelson. Laila explica que há uma maneira formal e uma informal de escrever um e-mail, e diz que o profissional precisa ter bom senso e identificar o seu receptor. "O texto é elaborado de acordo com a pessoa que irá recebê-lo. É preciso fazer uma análise do receptor para saber como escrever o e-mail".

LER É O MELHOR REMÉDIO!
"Para escrever bem, é preciso ler muito". Este é o conselho de Laila Lanetti e de Nelson Alvez. Nelson diz que é preciso ter persistência e não deixar o meio influenciar. "Muitas vezes, uma pessoa que fala e escreve corretamente e vive num meio onde a maioria das pessoas fala e escreve errado acaba se deixando influenciar por hábitos não-corretos". Segundo Laila, outro aspecto importante é aprender a ler. "Há pessoas que precisam aprender a ler, prestar atenção e saber absorver as informações". E Nelson alerta: "É preciso ler livros bons, e isso temos bastante...".


(Fonte: www.catho.com.br - matéria de Thienne Marcondes)

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei o site, ainda não conhecia.

Faço Secretariado Executivo, estou no 6° semestre e ainda tenho algumas dúvidas. Gostaria muito de receber e-mail de voçês.

Atenciosamente,

Celina Gama
celinagama@hotmail.com